Consolidado como um dos principais instrumentos de incentivo à criação e difusão de produção artística e à dinamização dos espaços expositivos do estado da Bahia, os Salões de Artes Visuais chegam a sua 64ª edição, completando 30 anos de história em 2022. Iniciativa da Fundação Cultural do Estado (SecultBA), a edição visa apresentar ao público a diversidade da atual produção baiana em artes visuais, divulgar e valorizar o trabalho de artistas também em início de carreira, além de estimular a reflexão sobre temas relevantes para o estímulo ao pensamento crítico contemporâneo.

Para este fim, a Funceb abrirá, no próximo 8 de outubro, às 16h, no Museu de Arte da Bahia (MAB), em Salvador, a Exposição Coletiva dos 42 artistas e grupos da Bahia selecionados via edital. No certame foram selecionados seis artistas/grupos de cada um dos 6 macroterritórios da Bahia, e outros 6 de Salvador. Eles também irão compor o Catálogo Coletivo dos Salões.

Além de garantir a participação de artistas e todos os macroterritórios do estado, o edital reforçou a importância das políticas de inclusão no setor da cultura: foram 30% das vagas destinadas a pessoas negras (preta/o e parda/o), 2% para cotas indígenas, e 5% das vagas destinadas às pessoas com deficiência; além disso, houve indutor de gênero – pontuação adicional para proponentes que se autodeclararam mulher cisgênero, pessoas transgêneros e travesti).

Dentre os selecionados, 14 artistas ou grupos foram premiados com o valor de R$ 15 mil, cada, sendo dois prêmios para cada um dos seis macroterritórios do estado, e dois prêmios provenientes da cidade de Salvador. Além disso, os expositores recebem auxílio para custeio de sua participação.

Números e seleção

Nesta 64ª edição dos Salões de Artes Visuais da Bahia, a Funceb recebeu o total de 453 inscrições, sendo 433de artistas individuais e 20 grupos. Destas, 328 propostas foram habilitadas. Foram 7 inscrições de pessoas com deficiência, 146 artistas inscritos em cotas raciais, 4 indígenas e 84 inscritas a partir do indutor de gênero.

Foi criada uma comissão de habilitação e uma comissão de seleção, esta última composta por cinco integrantes de reconhecida atuação na área de Artes Visuais, sendo dois deles escolhidos através de consulta pública, realizada entre 23 de maio e 1º de junho deste ano e que recebeu 255 indicações de profissionais das artes visuais, além dois servidores da Secult/Funceb e um indicado pelo Conselho de Cultura da Bahia.

Histórico

Criado na Bahia em 21 de julho de 1992, na cidade de Alagoinhas, como Salões Regionais de Artes Plásticas da Bahia, é o mais antigo dos projetos continuados pela Funceb e vêm sendo aprimorado a cada ano a partir de importantes modificações resultantes de consultas e sugestões feitas por profissionais que participaram de edições anteriores e da escuta da sociedade civil, que são incorporados ao projeto.

Em 2012, ao completar 20 anos, os Salões tiveram sua terminologia atualizada para Salões de Artes Visuais da Bahia, assumindo assim a representação múltipla e contemporânea da iniciativa da Funceb.

Ao longo dos anos o projeto se fortaleceu e potencializou a sua perspectiva como propulsor da produção/difusão das artes visuais da Bahia para o cenário nacional, totalizando um número significativo de prêmios por chamadas. Os Salões de Artes Visuais da Bahia têm na territorialização um dos seus fundamentos mais tradicionais e inclui premissas que garantem abarcar propostas de todas as regiões do estado em quantidade igualitária para cada um dos seis macroterritórios, e para a cidade de Salvador.

Nesta edição, os Salões de Artes Visuais da Bahia foi realizado em três etapas: a primeira, consistiu na realização de escuta com a sociedade civil, através do programa Diálogos Virtuais, por meio dos quais a Funceb realizou encontros com a classe artística baiana, tendo como objetivo escutar as principais demandas dos artistas; a segunda etapa consistiu na realização de encontros presencias em todos os Macroterritórios dos estado, foram oito cidades visitadas, tendo interagido com quase 200 artistas. Em setembro, os diálogos foram a partir do Seminário Ecos Periféricos, no qual artistas e pesquisadores expuseram as principais questões em torno dos 30 anos de existência dos Salões.

Fonte: Ascom/Funceb