A nova regra determina esse porcentual, mas outros eventos – música, formaturas e de cultura em geral – continuarão acontecendo no local. O novo regulamento será disponibilizado no site da Seagri – Secretaria da Agricultura, detalhando como e quais eventos podem ser realizados no parque, incluindo também uma tabela com valores de locação.
Segundo o secretário Jairo Carneiro, trata-se de mais um incentivo ao setor agropecuário e representa também um aparato de transparência para uso do espaço. “Temos que preservar o bem e interesse públicos e, ao mesmo tempo, disponibilizá-lo para ações que venham corresponder aos anseios do setor agropecuário como destinatário maior”. De acordo com ele, o propósito “é marcar o local como espaço dedicado à agropecuária baiana, atendendo os que vivem da agricultura familiar, o empresário e os grandes produtores”.
Para a instrução normativa, foi decisivo o papel da Procuradoria Geral do Estado (PGE), representada durante o ato da assinatura do documento pelo procurador-geral Rui Moraes Cruz. Para ele, o texto confere mais segurança às instâncias públicas, como a Seagri, e também aos usuários. “Por muitos anos, a estrutura normativa do parque esteve deficitária e esse marco regulatório vai melhorar o uso do parque ao dar mais certeza quanto às regras de utilização, que passam a ser de conhecimento coletivo, e todos que quiserem utilizar o espaço e se adequarem aos requisitos podem se candidatar”.
Equoterapia
Ainda com o objetivo de valorizar e ampliar a utilização do Parque de Exposições, a Seagri também assinou convênio para que no local seja realizado atendimento de equoterapia gratuitamente para crianças e adolescentes carentes, com necessidade desse tipo de tratamento. A iniciativa resulta de parceria entre a Seagri, Associação Brasileira de Criadores de Cavalos de Passeio e Esporte (ABCCPE), Associação Bahiana de Equoterapia (Abae) e Polícia Militar da Bahia (Esquadrão de Polícia Montada).
Quem necessita de atendimento ou deseja mais informações quanto ao programa pode realizar as inscrições durante a Fenagro, na sede da ABCCPE, e os interessados receberão no período da feira assistência e orientação para o encaminhamento.
Mãe de um jovem que nasceu com paralisia cerebral e faz o tratamento por meio da equoterapia, a presidente da Abae, Maria Cristina Brito, acredita na interdisciplinaridade do tratamento para promover ganhos psicomotores e sociais. “Uma equipe avalia o paciente e, conforme as necessidades de cada deficiência, prescreve as atividades terapêuticas, que geram ganho de autoestima e autonomia, garantindo a essas pessoas, como garantiu ao meu filho, o direito à cidadania plena”.