A meta é ampliar cada vez mais a cobertura vacinal, mantendo a imunidade elevada do maior rebanho do nordeste, com 10.837.689 animais. Nesta etapa, cerca de 6,5 milhões de cabeças com idade superior a 24 meses ficam isentas da vacinação, o que representa redução direta da ordem de mais de R$ 15 milhões para os criadores nos custos da produção da pecuária baiana.
De acordo com o secretário estadual da Agricultura, Jairo Carneiro, o Governo do Estado, em conformidade com as determinações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), adotou medidas padronizadas e uniformes que contribuíram para as conquistas, desde o status de Livre de Febre Aftosa com Vacinação, em maio de 2001, até a redução da faixa etária vacinal em 2013 e a extinção da Zona de Proteção este ano.
“O maior benefício do nosso trabalho é tornar efetivamente igualitário o negócio pecuário baiano, para podermos ofertar as mesmas condições aos grandes e pequenos criadores de todo o território baiano. Quando há integração entre governo e setor produtivo, os ganhos são de todos e sempre em prol do homem do campo”, disse o secretário ao reafirmar também o compromisso com o pequeno criador.
Declaração do rebanho
O presidente da Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), João Martins, e a superintendente Federal da Agricultura do Mapa, na Bahia, Virgínia Hagge, afirmam que as atividades para garantir a sanidade do rebanho baiano vêm sendo consolidadas a cada ano pelo governos federal e estadual por meio de políticas públicas, e os criadores já entendem a importância de vacinar o rebanho. “Temos que continuar unindo esforços e compartilhando responsabilidades”, acrescenta João Martins, que solicita o empenho dos criadores.
No prazo de 15 dias após a aplicação da vacina, os criadores devem comparecer nas unidades da Adab, portando nota fiscal de compra, para declarar todo o rebanho de bovinos e bubalinos, por sexo e faixa etária. Os produtores que não possuem animais nesta faixa etária (isentos da vacinação) também estão obrigados a declarar e atualizar o rebanho, evitando desta maneira sanções administrativas previstas em lei.
Base cadastral
O diretor geral da Adab, Paulo Emílio Torres, explica que ter uma boa base cadastral é muito importante para a manutenção do status sanitário, juntamente com o índice de imunização, a vigilância ativa e a fiscalização intensiva. “Por isso, o criador deve declarar também todas as espécies de animais existentes nas propriedades”. Ele enfatiza que o monitoramento dos dados é fundamental para a tomada de decisões e o norteamento das ações. “A cada degrau atingido na prevenção contra a febre aftosa, aumenta o compromisso dos criadores".
Já o diretor de Defesa Sanitária Animal, Rui Leal, orienta os produtores para vacinar e declarar todo o rebanho. "Não perca os prazos e datas limites, evitando assim as multas e penalidades”. Ele reforça que a febre aftosa é uma doença altamente contagiosa entre os bovinos, bubalinos, suínos, caprinos e ovinos.