Visando aumentar a produção do pescado baiano e o seu beneficiamento para atender à demanda local e do Nordeste, será implantada em São Gonçalo dos Campos a empresa Quatro Mares. O investimento de R$ 5 milhões será feito por um grupo catarinense e deverá gerar 100 empregos diretos e 300 indiretos, já com o início das obras previsto para este mês. Em sua fase de maturação, o número de empregos deverá duplicar.
O projeto de implantação da indústria foi discutido em reunião na Secretaria de Agricultura da Bahia (Seagri), entre o diretor da empresa, Jorge Vinícius, o secretário da Agricultura, Jairo Carneiro e o diretor presidente da Bahia Pesca, Cássio Peixoto.
A Seagri se dispôs a prestar o assessoramento técnico necessário à concretização do projeto empresarial. A Bahia hoje importa cerca de 32 toneladas de peixes e o novo empreendimento se identifica com a política de interiorização industrial, liderada pelo governador Jaques Wagner, da qual participa da secretaria e seus órgãos.
Para o secretário Jairo Carneiro “a iniciativa será importante para fomentar mais ainda a atividade no Estado, e proporcionar o aumento do consumo de peixes, que é fonte de proteínas e um alimento saudável e necessário para a mesa dos baianos, além de gerar postos de trabalho e a melhoria da renda dos trabalhadores”.
Colônias de pescadores
De acordo com o diretor-presidente da Bahia Pesca, Cássio Peixoto, a instituição conta com dois programas que beneficiam associações e colônias de pescadores, e que são propulsores do desenvolvimento da atividade pesqueira.
“Temos o Renovar, que tem como objetivo a renovação da frota pesqueira baiana, para fomentar a pesca artesanal na Bahia, e o Profrota. Este último, em parceria com o Banco do Nordeste, está financiando a aquisição de barcos pesqueiros para a pesca oceânica, no intuito de formar uma frota genuinamente brasileira e incrementar a produção nacional de pescado”, explicou.
Parcerias
Cássio disse ainda que viabilizará articulação com as 86 colônias de pescadores baianos para estabelecer parcerias com o novo empreendimento, visando o fornecimento de pescados.
Segundo Jorge Vinícius, a Bahia tem um grande potencial para o fornecimento do pescado, mas a pesca em grande escala não é tradicional como em Santa Catarina, por exemplo, cidade sede da empresa, que tem produção de 800 toneladas de peixes por mês. “Queremos aproveitar a mão de obra local, utilizar os produtores desse estado para integrar ao nosso projeto”, destacou.