A Carta e a Declaração de Salvador, que definem os principais pontos para a criação da Universidade Mundial de Segurança e Desenvolvimento Social das Nações Unidas e sua instalação na capital baiana, foram entregues ao governador Jaques Wagner nesta quarta-feira (30) na solenidade de encerramento do Fórum de Salvador.
Os documentos foram aprovados após três dias de debates, durante o evento que reuniu no auditório do Ministério Público do Estado da Bahia, no Centro Administrativo da Bahia, representantes dos governos estadual e federal, do MP, do Judiciário, além de 19 especialistas internacionais.
De acordo com o secretário estadual de Relações Internacionais e da Agenda Bahia, Fernando Schmidt, a instituição será um fórum da comunidade internacional para discutir conhecimentos, com base na ciência e tecnologia, sobre temas relacionados à segurança humana e ao desenvolvimento sustentável dos povos.
Indicadores sociais
Para Schmidt, por meio da entidade acadêmica serão promovidos diagnósticos e planos de ação capazes de subsidiar as gestões das Nações Unidas e as políticas públicas governamentais.
A Universidade Mundial de Segurança e Desenvolvimento Social proporcionará, inicialmente, cursos em nível de pós-graduação, aperfeiçoamento profissional e atividades de pesquisa, atendendo às necessidades de convivência solidária e de acordo com investimentos destinados à melhoria dos indicadores sociais, econômicos e ambientais em cada sociedade.
Na opinião do supervisor internacional do Fórum de Salvador, Emílio Viano, o Brasil e a Bahia reúnem as condições necessárias para abrigar uma universidade da ONU. De acordo com ele, os assuntos debatidos e a estrutura definida durante o encontro em Salvador são de interesse da comunidade internacional.
“Estamos orgulhosos de fazer parte desse projeto tão inovador para o enfrentamento de um problema mundial que é a segurança da humanidade e o seu desenvolvimento social. Tenho certeza de que o Brasil e a Bahia estão preparados para assumir a responsabilidade de promover pesquisas em nível mundial, a fim de subsidiar políticas de segurança e cidadania”, ressaltou Viano.
Debate acadêmico
A Carta e a Declaração de Salvador serão encaminhadas à presidente da República, Dilma Rousseff, e ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon. A previsão é que os documentos sejam analisados pela ONU em agosto, quando também devem ser definidas a criação da universidade e se a instituição será sediada na Bahia.
“Trabalharei para que Salvador possa sediar uma universidade tão importante mundialmente, que vai discutir a segurança pública de forma acadêmica, para solucionar esse problema que atinge todas as nações”, afirmou o governador Jaques Wagner.
Segundo ele, a entidade é importante também porque reconhece que para se ter segurança é preciso desenvolvimento social. “Sem desenvolvimento social não há segurança. Por isso, vamos lutar para que a entidade se torne realidade”, disse o governador.
Publicada às 17h50
Atualizada às 21h25