As exportações da Bahia acumularam entre janeiro e setembro deste ano US$ 5,2 bilhões, 4,7% a mais que no mesmo período de 2006. Esse resultado foi reforçado pelo bom desempenho das commodities agrícolas, como soja, algodão, café e frutas e pela continuidade da elevação dos preços de alguns produtos industrializados, como petroquímicos, metalúrgicos, pneumáticos e celulose. Esses dados foram divulgados hoje (15) pelo Promo-Centro Internacional de Negócios da Bahia, vinculado à Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração.
De acordo com o Promo, o forte ritmo de crescimento das importações baianas foi determinado pela conjuntura cambial favorável e pelo crescimento da economia, atingindo todas as categorias de produtos, com maior intensidade para os bens de capital, com aumento de 56,3%. Segundo os técnicos em comércio exterior do Promo, o lado bom da valorização do Real é que as empresas têm a oportunidade de investir na compra de máquinas e equipamentos para tornarem mais eficientes o seu processo produtivo.
Em relação às exportações, o que vem garantindo seu crescimento é a elevação dos preços dos produtos, seja devido à alta na cotação das commodities ou aos reajustes promovidos pelas empresas baianas aos seus produtos, que subiram, em média, 11% até setembro. Esse resultado reflete uma tendência dos últimos anos de alta dos preços, que subiram 27% em 2006 e 8% em 2005.
Entre os produtos exportados, destacam-se petroquímicos, com US$ 1,2 bilhão; papel e celulose, com US$ 604,2 milhões; pneus, com US$ 161,3 milhões; soja e derivados, com US$ 296,4 milhões; algodão, com US$ 84,7 milhões; e produtos metalúrgicos, com US$ 791,5 milhões.
Os Estados Unidos da América (EUA), com aproximadamente 20% de participação na pauta de exportações, continua ser o maior mercado comprador dos produtos baianos, com crescimento no período de 10%. A Argentina é o segundo, com 12%, os Países Baixos o terceiro, com 9,6%; e a China, com 7,7%. A União Européia é o principal bloco econômico, com 30,6% de participação nas vendas externas do estado.
Importações crescem
As importações chegaram nos primeiros nove meses do ano a US$ 4,2 bilhões, 24% a mais que o ano anterior. Com esse incremento, o saldo da balança comercial baiana chegou a US$ 1,07 bilhão no acumulado do ano, registrando uma queda de 34,9% em relação ao período de 2006.
De janeiro a setembro, os principais produtos importados foram o minério de cobre, com US$ 868,9 milhões; a nafta para a petroquímica, com US$ 614,6 milhões; e os automóveis, com US$ 414,7 milhões. A Bahia comprou de países como Chile, Argentina, EUA e China.