A Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional, criada pelo governador Jaques Wagner, vai ter uma atuação descentralizada, a partir da implantação de conselhos no interior. “À princípio, concentraremos nossos esforços nos municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)”, afirmou Edmon Lucas, titular da pasta, ressaltando que a diretriz do novo governo é permitir que todas as regiões possam se desenvolver de forma equilibrada.

Ele explicou que, no momento, estão sendo tomadas as providências para que a secretaria comece a funcionar, como criação do regimento e organização da equipe de trabalho.

Ao mesmo tempo, estão sendo articuladas ações para criação dos conselhos de Desenvolvimento Regional. Eles serão as instâncias de participação da sociedade através do qual se dará o diálogo e articulação com o governo e a nova secretaria. “Não queremos levar produtos prontos ou ações político-partidárias, mas  políticas de desenvolvimento. Para isso, é preciso ouvir quais as necessidades reais da população”.

A nova secretaria vai realizar um trabalho articulado com as demais secretarias de governo. “Vamos trabalhar nas diversas regiões, coordenando com as diversas secretarias as ações do Governo do Estado, para diminuir as desigualdades sociais que existem entre as regiões do estado. Ele lembrou que dois terços da Bahia estão situados no semi-árido, onde a população vive em condições precárias. “Nós precisamos trabalhar a melhoria da qualidade de vida destas pessoas em todos os sentidos: educação, saúde, agricultura, infra-estrutura.

Embora com atuação focada no interior, Edmon Lucas explicou que ainda não foi definido em que regiões serão instaladas unidades da nova secretaria. Antes é preciso definir o conceito e número de regiões a serem trabalhadas. Atualmente, segundo ele,  esta divisão muda de acordo com o órgão ou secretaria. A Secretaria de Educação, por exemplo, trabalha com 30 regiões, a Saúde com 32, a Agricultura 17 e a CAR com 19 regiões.

Lucas reafirmou a disposição de fazer uma peregrinação por todo o estado, sobretudo nas regiões mais carentes. “Queremos discutir com as comunidades quais são as suas necessidades e prioridades com uma visão integrada do desenvolvimento para evitar dispersão de foco e ações”, afirmou.