
Na área oftalmológica, estão previstas cinco mil consultas e 1,5 mil cirurgias de catarata. Com duração que varia de quatro a seis minutos, o procedimento cirúrgico é feito em uma das unidades móveis do programa. Aos 67 anos, o aposentado Daniel Alves foi submetido à segunda cirurgia de catarata.
"Depois da cirurgia, que acabei de fazer não tem cinco minutos, já estou vendo uma grande diferença no olho esquerdo. Meu problema era nos dois olhos. O atendimento foi excelente. As pessoas são todas educadas. Elas ficam com o maior cuidado para a gente não cair. Agora, vou tocar a vida mais alegre, porque o verde que eu via [enxergava], agora é mais verde", afirmou o aposentado.
De acordo com o anestesista Davi Lemos, que trabalha no pronto atendimento médico do Saúde Sem Fronteiras, antes de serem submetidos à cirurgia, os idosos realizam uma série de exames. "Primeiro, precisamos fazer a triagem para ter a certeza de que o paciente tem catarata e se depois de operar, eles terão uma melhora visual. Tendo esta indicação bem precisa, a gente passa pela segunda fase, que é confirmar se o paciente tem condições clínicas de fazer a cirurgia".
Mamografias
A expectativa da Sesab é que mais de 12 mil pessoas sejam atendidas pelo programa em Juazeiro. Além dos serviços oftalmológicos e do Odontomóvel, que oferece procedimentos de saúde bucal como extração, obturação, canal, profilaxia, aplicação de flúor, entre outros, a unidade móvel de rastreamento do câncer de mama também está no pátio da Univasf para a realização de mamografias em mulheres de 50 a 69 anos.
Moradora de Uauá, a professora aposentada Jailda Gonçalves, 55, teve a mamografia agendada para esta sexta-feira (20). "Acho [o exame] muitíssimo importante, até porque já tenho caso de câncer de mama na minha família. Minha tia percebeu logo no início, fez o tratamento e está comigo aqui hoje. Sei o quanto é doloroso o tratamento de quimioterapia, radioterapia. Quando a mulher se previne, ela evita um dano futuro e até a morte. Se a mulher retarda muito o tratamento, ela pode descobrir já no fim da linha e o médico não faz milagre. A mulher tem que se amar", ressalta a professora.
Hemóvel
O Saúde sem Fronteiras, no pátio da Univasf, também é opção para quem quer prestar solidariedade doando sangue e se cadastrando como doador de medula óssea. O autônomo Jairo Fernandes, 28, foi uma das pessoas que colaboraram com o estoque de sangue da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba). "Uma doação salva muitas vidas. É por isso que sempre estou doando".
A auxiliar de enfermagem Tânia Paula da Silva é uma das 10 profissionais de saúde que atuam no Hemóvel, unidade móvel da Hemoba. "[Nós, da Hemoba], temos muita necessidade de sangue. Esse movimento [mutirão] ajuda a divulgar mais e as pessoas vêm, participam", disse Tânia.
Repórter: Jhonatã Gabriel