
O confessionário é um elemento clássico das instituições católicas, onde os adeptos fazem confissões sentadas ou ajoelhadas à peça. Segundo a equipe do Ipac, os equipamentos encontravam em uso e devem datar do século 17. A equipe é composta por 16 profissionais – sete marceneiros, seis responsáveis pela recomposição de elementos pictóricos, uma responsável técnica e dois técnicos auxiliares.
O diretor do Ipac ressalta que as ações estão sendo feitas em parceria com a irmandade da Igreja do Pilar. “Devido a contingenciamentos deste ano, contamos com a colaboração de todos os locais onde fazemos obra”. Prefeituras de Xique Xique e Banzaê, irmandades do Rosário dos Pretos e do Pilar, são alguns exemplos das parcerias com Ipac. No caso do Pilar, a irmandade está cedendo transporte.
Patrimônio do Brasil
A Igreja do Pilar foi construída nos séculos 17 e 18 ao sopé da encosta que divide as Cidades Alta e Baixa, em Salvador. Os recursos vieram da comunidade da cidade, com participação de imigrantes espanhóis. A edificação é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao Ministério da Cultura, como Patrimônio do Brasil e apresenta influências do barroco, rococó e neoclássico.
“Esses restauros exigem delicadeza, sensibilidade e técnica dentro dos parâmetros científicos”, diz Kathia Berbert. São usados na restauração pincéis extremamente finos (pelo de Marta) e técnicas de reintegração, como o ‘rigattino’, ‘pontilhismo’ e ‘trateggio’, entre outros. “Quem define o tempo de duração do trabalho são as próprias peças, dependendo do estado de conservação, das intervenções e obedecendo a um diagnóstico e um projeto de restauro”. Outras informações podem ser obtidas na Cores/Ipac, via telefone (71) 3116-6721 e email cores.ipac@ipac.ba.gov.br. Dados sobre os projetos e obras do Ipac estão disponíveis no site do Ipac.
Fonte: Ascom/ Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac)